Associação de Pais da Escola EB1 – nº 1 do Cacém É a vez e a voz da Associação de Pais da Escola EB1 – nº 1 do Cacém, na pessoa da atual presidente, Isabel Sobral, inserida no Agrupamento de Escolas Dona Maria II – Sintra e criada a 14 de outubro de 2008 – sendo esta a data da primeira Ata da Associação, em que um dos pontos da reunião foi a aprovação dos Estatutos. Que atividades desenvolve a sua associação? Atualmente a única atividade que tem (desde há dois anos que detenho a Presidência) é a angariação de sócios com o pagamento das quotas, que revertem para a compra de presentes de Natal para as crianças. Anteriormente, a APEE geria um ATL que funcionava como extensão de outra escola do agrupamento, mas que atualmente é gerido por uma IPSS externa, por dissolução da Associação de Pais. Quais as principais dificuldades e necessidades sentidas atualmente? As dificuldades são muitas, desde a falta de tempo à completa ausência de interesse dos Pais para avançarem com qualquer ação ou atividade fora ou dentro da Associação. Já a maior dificuldade que temos na Escola prende-se com a falta de Segurança, pois o portão está sem vigilância há mais de dois anos – tendo inclusive estado avariado durante vários meses no ano passado. Era necessário fazermos algo para que estivesse sempre alguém no portão, mas a informação de que dispomos é que não há pessoal nem dinheiro para o pagar. Que podemos fazer para resolver este problema enquanto Associação de Pais? Essa é a maior necessidade da Escola neste momento. Que perspetivas têm para o futuro? Infelizmente, as perspetivas não são muito favoráveis (à semelhança do que está a acontecer também com outras Associações vizinhas), e esperamos que na próxima Reunião a Associação não se dissolva e consiga, com a intervenção de alguns Pais, continuar a sua atividade em prol da melhoria das condições da Escola e da estabilidade da educação e bem-estar dos nossos filhos/alunos. Como veem o movimento associativo na perspetiva do agrupamento? Quais as soluções? Em termos do agrupamento tenho pouco conhecimento do que se passa, mas sei por algumas fontes que grande parte das Associações de Pais está em insolvência ou já se dissolveram. Em termos de soluções, penso que passa por uma maior formação/informação aos Pais sobre qual o seu papel junto da Escola, não só em termos de Associações de Pais mas também em termos de exigências dos direitos dos próprios filhos enquanto alunos de uma Instituição Pública. Conhece a Fap-Sintra? Qual deveria ser o seu papel e atuação? Não fazia ideia que existia uma Federação de Associação de Pais, até este contacto. Acho que deveria ter um papel importante em tentar manter as Associações de Pais vivas. Penso que muitas delas – e a nossa é uma – precisam de apoio no sentido de instrução e orientação do que realmente podem e devem desenvolver como Associação de Pais. A maior parte dos Pais que pertencem a Associações pouca noção tem do seu papel. Cada um está ocupado com a sua profissão pelo que sobra pouco tempo para pesquisa sobre os assuntos ligados a estes temas, além de que se fica agarrado ao que se fez no passado. Ou seja, precisamos de ter uma noção efetiva do nosso poder junto da Escola, da Câmara e/ou do Governo em prol dos alunos. Como Associação de Pais de uma Escola pequena talvez possamos fazer pouco, mas tendo a certeza de que a união faz a força, será aqui que a FAP deverá desenvolver a sua principal atuação. Que gostaria de abordar que não lhe tenha sido perguntado? Gostaria de ter mais informações sobre o Plano Educativo do futuro, pois soube que as AECs poderão desaparecer já no próximo ano letivo. Como será o plano Educacional dos alunos do Ensino Básico, se já hoje em dia a preparação - quanto a mim - é insuficiente para enfrentar o 2º Ciclo? A componente educacional das atuais AECs, por mais pequenas que sejam, é sempre uma ajuda adicional na preparação e educação das crianças. E o tempo? E os custos? Como vamos nós, pais trabalhadores, resolver a questão de termos de suportar financeiramente mais duas horas das que já atualmente suportamos, recorrendo a Centros de Estudos ou ATLs privados? Que oferta o Estado propõe ou nos irá disponibilizar?… Esta é uma questão que me deixa bastante preocupada.
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Associação de Pais da Escola Básica 1 e JI de Fitares As maiores dificuldades existentes prendem-se com a pouca intervenção dos pais nas atividades associativas e escolares, e a perda de 40% de crianças na frequência das Atividades de Tempos Livres. Damos seguimento ao nosso projeto Vez e Voz dos Pais dado a voz à Associação de Pais da Escola Básica1 e JI de Fitares, na pessoa da atual presidente, Fátima Pires, inserida no Agrupamento de Escolas Escultor Francisco dos Santos cuja existência data de há 12 Anos Que atividades desenvolve a sua associação? Para além do trabalho junto das famílias desenvolvemos um trabalho, por nós considerado essencial, na componente de apoio à família facultando-lhes um ATL que gerimos e destinado aos alunos da EB1JI de Fitares e que queremos estender aos 5º e 6º anos do agrupamento. Iniciámos o ano passado uma atividade extra de Hip-Hop que teve um grande acolhimento e sucesso junto da nossa comunidade educativa. Quais as principais dificuldades e necessidades sentidas atualmente? As maiores dificuldades existentes prendem-se com a pouca intervenção dos pais nas atividades associativas e escolares, e a perda de 40% de crianças na frequência das Atividades de Tempos Livres. Penso que as dificuldades financeiras sentidas pela maioria das famílias da cidade e do concelho onde estamos inseridos, estarão na origem desta situação que nos causa enormes constrangimentos financeiros. As AEECs e a organização do horário escolar também ajudam a explicar um pouco essa perda que sentimos. Que perspetivas têm para o futuro? Infelizmente não se perspetivam grandes melhorias para o futuro. As famílias cada vez mais exigem reduções de preço nas mensalidades do ATL, reclamando preços por dia que, a serem praticados, nos levará à insustentabilidade da atividade de Tempos Livres, porque não poderemos falhar nos compromissos com os nossos funcionários. Muitas das famílias não entendem que uma Associação de Pais é gerida de forma profissional tal como uma “empresa”. Como veem o movimento associativo na perspetiva do agrupamento? Quais as soluções? O movimento associativo tem vindo a perder força todos os anos e é quase inexistente. Há uma fraca participação dos pais, que se demitem do envolvimento na vida escolar dos seus filhos. Por essa via também não participam na vida das Associações não lhes levando novas ideias. Seria muito importante consciencializar os pais da importância do seu contributo nas escolas, fomentar a criatividade na ação, promover a sua participação ativa, por forma a tirá-los da posição passiva de ficarem a assistir ao que os outros fazem. Todas as novas ideias são bem-vindas, com vista à dinamização de atividades de qualidade que envolvam as nossas crianças. Conhece a Fap-Sintra? Qual deveria ser o seu papel e atuação? Sim. O seu papel deveria ser mais ativo, quero dizer, trabalhar e frequentar mais as Associações de perto e pessoalmente, por forma a não deixar “cair” as Associações que lutam contra a falta de interesse dos pais, mas cuja existência é fundamental. Que gostaria de abordar que não lhe tenha sido perguntado? Julgo que basicamente falámos em todos os assuntos que gostaria que fossem abordados. Associação de Pais e Encarregados de Educação da EB 2,3 D. Pedro IV Por que não dimensionar via FAP-Sintra uma gestão em escala e integrada que abranja todas as APEE para evitar o recurso a entidades externas que estão a entrar nas escolas substituindo-se às próprias associações que por sua vez vão encerrando? Haveria por certo economia de tempo e – mais importante – de custos e as respostas surgiriam com certeza de forma mais célere e direta, nomeadamente para aquelas APEE que estão a passar por severos constrangimentos financeiros ou em vias disso e como tal em risco de fechar portas. A resposta aos problemas que as famílias atravessam devem encontrar-se no seio das mesmas…
Ao projeto Vez e Voz dos Pais coube a vez de dar voz à Associação de Pais da Escola Básica 2/3 D.PEDRO IV, na equipa liderada por Palmira Simões, inserida no Agrupamento de Escolas Miguel Torga em Queluz/Massamá e cuja constituição data de 1993. Que atividades desenvolve a vossa associação? As nossas atividades baseiam-se essencialmente na dinamização de ações, umas destinadas a todos os encarregados de educação da nossa escola, outras aos nossos jovens. Apostamos sobretudo na informação mas também na formação sobre as mais diversas temáticas, principalmente de caráter preventivo, mas também naquelas que ajudem os encarregados de educação mais ativos, por assim dizer, no dia a dia escolar, a desempenhar melhor o seu papel, como é o caso dos Representantes de Turma. Fazemos igualmente os possíveis por divulgar junto dos Encarregados, através do nosso site, Facebook e e-mail, todas as atividades que a escola desenvolve e que lhes possam interessar e nas quais possam participar. Nós, encarregados de educação, podemos e devemos envolver-nos na escola que os nossos educandos frequentam, pois é o local onde eles passam mais horas do dia e por isso todos fazemos parte da mesma “família” educativa. Por outro lado temos ainda preocupações solidárias – também como forma de transmitir valores aos nossos jovens – e nesse sentido desenvolvemos algumas atividades, entre elas o Mealheiro Solidário, a Bolsa de Livros, e este ano o Cabaz do Natal. Além disso, mas sem sermos polícias, vamos estando atentos ao que se passa, nomeadamente no que diz respeito às refeições servidas no refeitório. O nosso principal interesse é salvaguardar os interesses dos nossos jovens, o seu bem-estar e segurança, pelo que estamos na escola com o espírito de fazer parte das soluções e não dos problemas sem no entanto descurarmos este ou aquele aspeto reivindicativo, se for caso disso. Quais as principais dificuldades e necessidades sentidas atualmente? Nós, enquanto associação não gestora de CAF (Componente de Apoio à Família) ou de ATL, não lutamos contra as dificuldades económicas que neste momento afetam muitas das nossas congéneres mas partilhamos outras angústias, como a falta de participação dos encarregados de educação ou a falta de apoios a nível da organização executiva e legislativa que uma associação de pais que se deseje participativa e proativa sempre pressupõe. Quando um pai, uma mãe se disponibilizam para integrar uma associação de pais (APEE), na maior parte das vezes nem sabem para o que vão, o que têm de fazer ou como o devem fazer, nem fazem ideia da entrega e dedicação subjacentes. A rotatividade obrigatória dos membros de uma APEE dá muitas vezes azo a que quem entra se sinta perdido. Na nossa opinião deveria existir um apoio efectivo ao nível da organização, entre muitos outros, para um melhor desempenho da associação. Ninguém nasce presidente executivo ou presidente de uma assembleia geral, tesoureiro… ou a conhecer todos os trâmites legais necessários ao funcionamento de uma APEE. Acreditamos que isso desmotive muitos encarregados de educação nesta sua participação cívica e voluntária, até porque muitos deles são de outras culturas e não se sentem perfeitamente integrados nestes “movimentos”. Outra das dificuldades/necessidades que sentimos é precisamente essa: como motivar os encarregados a participar, já não dizemos nos órgãos sociais da associação mas na própria vida da escola, dentro de portões, quando na maior parte dos casos parecem alheados dessa realidade. Como chegar aos pais e mães de outras culturas, tendo em conta a grande diversidade cultural ali existente? Há mais vida na escola para além dos currículos… Embora não querendo estender-nos muito, gostaríamos de referir apenas mais uns aspetos que fazem parte das nossas preocupações: a indisciplina e a violência crescentes com a respetiva necessidade de apostar essencialmente em projetos preventivos, aposta que deve estender-se de igual modo à gestão e mediação de conflitos para lidar com os já existentes. Muitos de nós, pais e mães, também não sabemos como atuar em determinadas situações. Sabemos que a educação começa nas nossas casas, mas são muitas as influências externas que mudam o curso dos caminhos que traçamos e gostávamos de ver trilhados… Por fim, a comida que é servida no refeitório: a quantidade e qualidade, num grande número de vezes, não é a adequada à faixa etária dos nossos jovens. Exige-se supervisão, mesmo ao nível das instâncias superiores, como a autarquia. Os cerca de 1,50 euros que a refeição custa, atendendo ao que é servido no prato, não é barato. Até em casa se consegue comer melhor por menos ou pelo mesmo preço. Que perspetivas têm para o futuro? As perspetivas para o futuro não são as melhores, a avaliar pelo que se está a desenhar ao nível da Educação em Portugal, que caminha para a autonomia das escolas e provavelmente a seguir para a privatização com todos os contras que isso acarreta no que concerne à representatividade dos pais e demais encarregados, que se poderá ver negativamente afetada. Avizinham-se por isso dificuldades acrescidas, pelo que nos parece cada vez mais importante que as pessoas, neste caso pais, mães e encarregados de educação no geral, se mantenham unidos. Temos de lutar por uma Educação melhor e essa Educação melhor passa por termos uma escola pública de qualidade, para todos – não uma escola para elites - aquela onde os nossos educandos permanecem, no mínimo, 12 anos das suas vidas, das nossas vidas. Não podemos ignorá-lo. Cabe-nos também a nós – pais, mães - contribuir para essa qualidade e só podemos fazê-lo, nunca cada um por si, mas todos juntos. Uma associação é isso mesmo: um grupo de pessoas que luta por um mesmo objetivo. Mas vamos acreditar em dias (mais) felizes! Como veem o movimento associativo na perspetiva do agrupamento? Quais as soluções? No nosso caso, são três as associações existentes no Agrupamento Miguel Torga, correspondentes a cada uma das escolas que fazem parte do mesmo. Apesar de serem realidades diferentes, fazemos os possíveis por constituir-nos um Todo, integrando as três em muitas das atividades que realizamos. Mais uma vez, julgamos que qualquer solução para o Agrupamento passa pela nossa união. Verdade seja dita que também temos contado com total abertura da parte do corpo diretivo do agrupamento em geral, e em particular da unidade local que representamos, a D. Pedro IV. Conhecem a Fap-Sintra? Qual deveria ser o seu papel e atuação? Sim, conhecemos e fazemos parte da mesma enquanto associada. Pensamos no entanto que a FAP-Sintra peca por falta de uma atuação mais ativa relativamente ao apoio a dar às associações, associadas ou não. E sobretudo devia ser mais proativa: mais informação, mais formação parental, mais formação para dirigentes, etc. Pressupõe-se que uma federação tenha um cariz mais profissional e que exista para ajudar as associações que têm um perfil mais “amador”, daí que na nossa opinião deva, logo no início de cada ano letivo, vir ter connosco e apresentar-nos por exemplo um plano de atividades que vá ao encontro das nossas necessidades, nomeadamente, como já referimos, em termos organizativos e formativos. Nós aqui deste lado sentimos que há muito a fazer mas temos muitas dúvidas e sentimo-nos muito sozinhos… Que gostariam de abordar que não tenha sido perguntado? Talvez a questão do trinómio Autarquia/Associações/FAP-Sintra. Porque era bom para todos uma centralização de apoios/serviços. Em vez de cada uma das associações ter de andar a bater a esta ou àquela porta facilitava estar tudo centralizado por exemplo na FAP-Sintra, que é a entidade que está mais vocacionada para as Associações. Por que não dimensionar, através dela, uma gestão em escala e integrada que abranja todas as APEE para evitar o recurso a entidades externas que estão a entrar nas escolas em substituição das próprias associações que por sua vez vão encerrando? Haveria por certo economia de tempo e – mais importante – de custos e as respostas surgiriam com certeza de forma mais célere e direta, em especial para aquelas APEE que estão a passar por severos constrangimentos financeiros ou em vias disso e como tal em risco de fechar portas. A resposta aos problemas que as famílias atravessam devem encontrar-se no seio das mesmas e se há algo que não podemos perder de vista é que não há movimento associativo de pais sem associações de pais. Associação de Pais e Encarregados de Educação da EB1/JI da Abrunheira Gostaríamos que nos tivessem perguntado se concordamos com as propostas de alteração ao Regulamento 'À descoberta dos tempos livres' e tivessem permitido a nossa colaboração no resultado final apresentado pela Fap, e o tivessem tornado IGUAL em apoios para as crianças do Jardim de Infância e do 1º ciclo, o que não acontece atualmente.
Desta vez o projeto Vez e Voz dos Pais dará a voz à Associação de Pais e Encarregados de Educação da EB1/JI da Abrunheira, APEEEPA, liderada por José Manuel Vaz, inserida no Agrupamento de Escolas Alfredo da Silva. Que atividades desenvolve a vossa associação? Tem ATL e quem o dirige e porquê? A AP desenvolve a sua atividade no complemento de apoio à família tanto no Jardim de Infância como no 1º ciclo, apoiando as crianças aderentes quer em período letivo quer nas respetivas pausas escolares, estando disponível para este acompanhamento todos os dias úteis das 7h30 às 19h30, contando com a colaboração de cinco funcionárias devidamente credenciadas para o efeito. Quais as principais dificuldades e necessidades sentidas atualmente? As dificuldades prendem-se com a crescente diminuição do número de alunos na escola (este ano a Abrunheira perdeu uma turma de 1º ano). O elevado desemprego existente no concelho traz consigo dificuldades económicas enormes, que levam as famílias a recorrerem a soluções menos dispendiosas e socializantes e que, ainda assim, lhes permitam ter os filhos e educandos com um mínimo de segurança, o que não significa ser o ideal para as crianças. Que perspetivas têm para o futuro? As perspetivas futuras são dramáticas. A manter-se a tendência atual com a diminuição de alunos, e com a falta de apoios ao movimento associativo de pais, as famílias com as dificuldades financeiras agravadas, têm o acesso na componente do apoio que lhes deve ser prestado posto em causa. Se este ano letivo temos a esperança de o levar até ao fim, assumindo os compromissos que temos com as funcionárias do ATL (todas as nossas funcionárias têm mais de sete anos de casa), no próximo ano letivo não sabemos o que poderá vir a acontecer e se conseguiremos manter as condições financeiras necessárias para assegurar este serviço que prestamos às famílias. Como veem o movimento associativo na perspetiva do agrupamento? Quais as soluções? Cada escola tem a sua especificidade e aqueles que lá estão todos os dias têm melhores oportunidades de defenderem o que "é seu". Por outro lado não sabemos quanto tempo vai durar este modelo de agrupamentos, nem quantas vezes uma escola pode ser transferida de um para o outro como tem acontecido. Por isso não faz sentido as associações organizarem-se na lógica dos agrupamentos de escolas porque apenas cavarão mais o fosso entre si e os pais e os afastarão cada vez mais das escolas, aumentando mais o desinteresse na participação da vida escolar. Os pais devem poder intervir junto das suas escolas. Se já cria problemas a centralização dos serviços administrativos, maior impedimento constituirá à sua participação, uma associação centralista. Conhecem a Fap-Sintra? Qual deveria ser o seu papel e atuação? Conheço perfeitamente a FAP de Sintra e entendemos que tem desempenhado um papel meritório mas que muito mais poderia fazer. Entendo que a FAP de Sintra deveria estar mais voltada para as suas Associadas – que é a razão da sua existência. Entendo que a FAP de Sintra já deveria ter desenvolvido protocolos jurídicos e financeiros, bem como outros, que garantissem um apoio efetivo às associadas. Deveria ter desenvolvido uma base de dados com potenciais colaboradores/as, de atividades, de prestadores de serviços e que estivessem disponíveis no seu site, mediante consulta seletiva. Entendo que a FAP de Sintra, de há muito a esta parte, deveria ter uma presença mais próxima com as suas associadas, defendendo-as de forma concreta nos projetos que estas se propuseram realizar, ou até as substituindo nos casos de necessidade absoluta, não tendo permitido que tantas Associações de Pais tenham desaparecido, como vem acontecendo nos últimos anos. Entendo que a FAP deveria dar a conhecer às suas associadas, de forma regular (no seu site), o que faz, onde faz, com quem e porque o faz, em defesa do movimento associativo e dos nossos filhos e educandos. Que gostariam de abordar que não tenha sido perguntado? Gostaríamos que nos tivessem perguntado se concordamos com as propostas de alteração ao Regulamento “À descoberta dos tempos livres” e tivessem permitido a nossa colaboração no resultado final apresentado pala Fap, e o tivessem tornado IGUAL em apoios para as crianças do Jardim de Infância e do 1º ciclo, o que não acontece atualmente. Associação de Pais e Encarregados de Educação da EB1/JI Serra das Minas 2 As principais dificuldades prendem-se com a constante variação em relação ao número de crianças que frequentam as CAF. Se na do Pré-escolar esse número se vai mantendo mais ou menos constante, no que se refere à do 1º ciclo é muito variável, entram e saem sempre muitas crianças, mas com uma tendência clara para saírem mais do que aquelas que entram. São cada vez menos.As necessidades mais sentidas são precisamente as de implementação de uma “política” de educação que fixe mais as crianças nos ATL e nas CAF. Ao projeto Vez e Voz dos Pais coube a vez de dar voz à Associação de Pais e Encarregados de Educação da EB1/JI-Serra das Minas 2, na equipa liderada por Amândio Ferreira, inserida no Agrupamento de Escolas de Rio de Mouro com 22 anos de vida. Que atividades desenvolve a vossa associação? Desenvolvemos atividades no âmbito da CAF do Pré-escolar e do 1º Ciclo. Temos ATL dirigido pelos Órgãos Sociais da própria Associação, principalmente pela Direção, na pessoa do seu presidente. Quais as principais dificuldades e necessidades sentidas atualmente? As principais dificuldades prendem-se com a constante variação em relação ao número de crianças que frequentam as CAF. Se na do Pré-escolar esse número se vai mantendo mais ou menos constante, no que se refere à do 1º ciclo é muito variável, entram e saem sempre muitas crianças, mas com uma tendência clara para saírem mais do que aquelas que entram. São cada vez menos. As necessidades mais sentidas são precisamente as de implementação de uma “política” de educação que fixe mais as crianças nos ATL e nas CAF. Que perspetivas têm para o futuro? Acho que as perspetivas de futuro para este tipo de atividade de ATL são no mínimo sombrias, para não dizer outra coisa. A diminuição da população escolar aliada ao tempo que as crianças passam nas atividades escolares e a juntar à grave crise económica que atravessamos, leva-me a dizer que este tipo de ATL tem os dias contados e que as Associações vão passar por grandes dificuldades se quiserem sobreviver num futuro próximo e honrar os seus compromissos no que diz respeito aos Pais/Encarregados de Educação, às funcionárias, ao Estado, e sobretudo às suas crianças, pois não têm condições para lhes proporcionar uma estada com os padrões de qualidade esperados e necessários. Como veem o movimento associativo na perspetiva do agrupamento? Quais as soluções? Esta questão tem de ser analisada sob duas perspetivas. Tudo o que seja feito com a intenção de melhorar a qualidade da oferta para as crianças é bem-vindo e valerá a pena fazer essa tentativa. Nessa perspetiva, num Agrupamento onde estarão várias Associações, penso que se trabalharem em conjunto poderão surgir mais ideias e sugestões para um melhor trabalho dirigido às crianças. Isso implica uma grande articulação entre todas as Associações. No que diz respeito à gestão, acho que é inviável e não vejo vantagens nesse modelo. Isso implica que as atuais Associações acabem para se criar uma única a nível de Agrupamento. Depois cada uma tem a sua própria identidade, os seus quadros de pessoal, e não se sabe o que aconteceria com esses colaboradores, talvez mais desemprego, pois não acredito que só uma Associação tenha capacidade para agregar todo o pessoal que trabalha em todas as outras Associações. Depois, na génese da criação do movimento associativo de Pais está o voluntariado e não me parece que num Agrupamento com várias escolas e com vários ATL esse modelo funcione. Nesse caso teria de ser uma gestão profissional e, quanto a isso, a minha Associação é contra esse modelo. Como seria a representatividade nos Órgãos do Agrupamento? Não esquecer que os Pais/Encarregados de Educação já perderam representatividade nos Conselhos Pedagógicos e isso seria o caminho para perder ainda mais esse poder, entre outras coisas. Penso ainda que esta questão deverá ser alvo de uma discussão mais ampla, mais aprofundada e não ser abordada apenas neste tipo de questionário. Conhecem a Fap-Sintra? Qual deveria ser o seu papel e atuação? Sim. É uma pergunta difícil de responder assim, mas pela experiência que tenho no movimento associativo, pois já há alguns anos que ando nestas andanças, leva-me apenas a dizer que, não a FAP, mas algumas pessoas que a constituem, nem sempre tiveram uma conduta na perspetiva de defender os Pais e as suas Associações. Que gostariam de abordar que não tenha sido perguntado? A qualidade do “tempo” que as crianças passam na escola. Tenho consciência de que nesta matéria não terei a opinião da maioria dos Pais/Encarregados de Educação, nem provavelmente da FAP, mas acho que as crianças passam demasiado tempo na escola. Se a componente letiva, ou seja, o tempo que as crianças passam com o professor não se discute, já o tempo destinado às famosas AEC e ao apoio ao estudo não acrescenta nada, e os pais/encarregados de Educação só aderem porque não têm onde deixar os seus filhos e não pela qualidade dessa oferta. Não é por acaso que, normalmente, as crianças filhas de professores raramente frequentam as AEC. No apoio ao estudo é só para darem mais tempo de horário aos professores, já que eles não estão motivados para essa atividade e como todos sabemos até são contra. Desculpem, mas é a minha opinião. Associação de Pais e Encarregados de Educação Olhemos nós Pais pelas nossas Crianças, pois os Adultos estão em Crise (especialmente de valores).
Ao projeto Vez e Voz dos Pais coube a vez de dar voz à Associação de Pais e Encarregados de Educação da Escola Secundária Padre Alberto Neto, à equipa liderada por Luis Garcez, inserida no Agrupamento de Escolas Queluz-Belas. Congrega 10 escolas e 2 jardins de infância, num universo com mais de 4.300 alunos, sendo o 2º maior agrupamento de escolas em Portugal. Esta Associação faz 40 anos em 2014, sendo, assim, em Portugal, a mais antiga associação de pais de que há conhecimento. Que atividades desenvolve a vossa associação? A APESPAN desenvolve atividades nos mais diversos aspetos da vida escolar, envolvendo pais, alunos, professores e comunidade local. Concretamente, a APESPAN através do seu projeto PENSAR A ESCOLA, trabalha para: Os alunos: Incentivando e apoiando o desporto escolar, o grupo de teatro e outros núcleos no seio da escola, seja com equipamentos, ou ajudas diversas. Na vertente social tenta apoiar alunos carenciados, através da oferta de livros escolares, aquisição de passes ou simplesmente com o pagamento das refeições na escola. De realçar os habituais concursos de Postais de Natal, de Fotografia e/ou outros, com prémios em vales FNAC. O concurso de fotografia deste ano, sob o tema “Portas, Portões e Portadas”, terá uma visibilidade maior e uma utilidade a divulgar em momento mais oportuno; Os Pais: Com ações de formação e informação, como a receção aos pais no início do ano, formação parental e de segurança, acompanhamento e informação ao longo do ano; Os professores: Organizando ciclos de conferências e Worshop’s sobre temas da atualidade e utilidade prática; A Comunidade: Porque acreditamos que a comunidade local é parte importante, procurámos novos acordos e protocolos, nomeadamente com a Junta de Freguesia, ginásios, APDJ e bombeiros, procurando envolver novos parceiros, que tragam mais-valias aos nossos educandos, estudantes na nossa escola. Neste mandato a APESPAN tem um reforço direcionado para o apoio às famílias e educandos com Necessidades Educativas Especiais. Quais as principais dificuldades e necessidades sentidas atualmente? Torna-se cada vez mais difícil envolver os pais a participarem no processo educativo e escolar dos seus educandos, confrontados que estão com a inexistência de apoios, e a falta de instalações adequadas ao exercício do associativismo, entre outras. Que perspetivas têm para o futuro? Face à tentativa de destruição do associativismo parental de forma continuada, apenas conseguimos “ver” o futuro no dia-a-dia. A nossa maior batalha, é a de tentar dar respostas minimamente adequadas aos problemas que diariamente nos surgem. Como veem o movimento associativo na perspetiva do agrupamento? Quais as soluções? Após reflexão conjunta e ouvidas algumas associações de pais e encarregados de educação, consideramos que o Associativismo ao nível de agrupamento, no nosso caso, não faz qualquer sentido e poderia mesmo ser prejudicial. Em primeiro lugar, porque a realidade nas 10 escolas é muito diferente entre si, não só cultural como socialmente. Em segundo lugar, porque as escolas envolvidas estão muito afastadas entre si, impossibilitando as deslocações. E por último, porque iria, por um lado, enfraquecer o MAP e por outro facilitar a sua manipulação. O segredo para soluções aos problemas, passa por se conseguir um maior envolvimento dos Pais e Encarregados de Educação, sobretudo ao nível do Associativismo – única forma de dar Voz aos Pais. Defendemos e exercemos, no entanto a comunicação entre as AP’s do agrupamento, entreajudando-nos e apoiando-nos mutuamente. Conhecem a Fap-Sintra? Qual deveria ser o seu papel e atuação? Sim, tenho o privilégio de conhecer a FAP-SINTRA e considero que o seu principal papel está consagrado nos seus estatutos. Considero ainda que, nesta fase, seria muito vantajoso que a Federação descesse às Associações de Pais, dando-se a conhecer melhor e demonstrando a evidência das vantagens da união federativa. As AP’s precisam da FAP-SINTRA. Só que algumas ainda o não sabem, por andarem desorientadas e meio perdidas. Que gostariam de abordar que não tenha sido perguntado? O Movimento Associativo de Pais tem de ser repensado e o enfraquecimento social e formativo deixa uma porta aberta a projetos que só o MAP tem credenciais para desenvolver. A fome nas Escolas, as famílias carenciadas, a degradação social (desemprego, entre outros fatores), a integração de crianças com NEE’s, a falta de Clubes que ocupem e desenvolvam valores nos nossos educandos, etc. Quando os pais se envolvem na vida escolar, os jovens são os primeiros a beneficiar. Apoiamos e participamos na escola para uma procura de melhorar o sucesso dos nossos educandos. Por fim e muito importante, fazia o seguinte apelo: “Olhemos nós Pais pelas nossas Crianças, pois os Adultos estão em Crise (especialmente de valores)”. Associação de Pais e Encarregados de Educação Manter e se possível melhorar a eficácia dos serviços prestados, pois consideramos que, para além de essenciais, devem partir das próprias famílias e não estarem dependentes de entidades exteriores ao Movimento Associativo de Pais. A Vez da Associação de Pais e Encarregados de Educação da EB1/JI Eduardo Luna de Carvalho, liderada por Ana Paula Lopes, inserida no Agrupamento de Escolas Visconde de Juromenha. Esta APEE é já maior de idade pois tem 20 anos de existência. Que atividades desenvolve a vossa associação? Tem ATL e quem o dirige e porquê? O nosso ATL é tão antigo quanto a Associação e dedica-se às organização dos tempos livres desenvolvendo a sua ação em tempo de aulas e nas pausas letivas, através da realização de Karaté, passeios, festas, e também a CAF, componente de apoio à família. O corpo dirigente do ATL é constituído pelos pais da Associação de Pais que desempenham estas funções como voluntários, com todos os riscos associados que se conhecem. Quais as principais dificuldades e necessidades sentidas atualmente? Apesar da crise atual temos sabido gerir de forma eficaz os recursos que possuímos, com o objetivo de manter esta oferta essencial às famílias desta comunidade escolar e para fazer face a tamanhas dificuldades que nos foram impostas. Que perspetivas têm para o futuro?
Manter e se possível melhorar a eficácia dos serviços prestados, pois consideramos que, para além de essenciais, devem partir das próprias famílias e não estarem dependentes de entidades exteriores ao Movimento Associativo de Pais. Como veem o movimento associativo na perspetiva do agrupamento? Quais as soluções? Neste momento é algo que não equacionamos. Conhecem a Fap-Sintra? Qual deveria ser o seu papel e atuação? Sim. Temos um bom relacionamento com a Fap-Sintra e consideramos a sua atuação muito satisfatória. Que gostariam de abordar que não tenha sido perguntado? Tendo em conta que conhecemos o funcionamento da FAP nada temos a acrescentar. Associação de Pais e Encarregados de Educação Assume a organização de uma campanha de recolha e entrega de papel para a campanha do Banco Alimentar “ Papel por Alimentos”, que tem tido uma extraordinária participação e envolvência da comunidade escolar. Em Fevereiro, ao projeto Vez e Voz dos Pais coube a vez de dar voz à Associação de Pais e Encarregados de Educação da Escola Secundária de Men-Martins, à equipa liderada por Carlos Silva, inserida no Agrupamento de Escolas de Men-Martins. Congrega 4 escolas sendo 2 do ensino básico. Esta Associação foi criada em 1988. Que atividades desenvolve a vossa associação? Tem ATL e quem o dirige e porquê? A nossa associação não tem ATL por estar inserida numa escola secundária. A APEEESMM participa em algumas atividades promovidas pela Escola, tal como o fez na organização da festa de encerramento do ano letivo, que teve uma grande receptividade por parte dos alunos, professores e direcção da escola. Assume a organização de uma campanha de recolha e entrega de papel para a campanha do Banco Alimentar “ Papel por Alimentos”, que tem tido uma extraordinária participação e envolvência da comunidade escolar. Quais as principais dificuldades e necessidades sentidas atualmente? Uma das maiores dificuldades com que esta Associação de Pais se depara, é com o crescente e contínuo afastamento dos pais da comunidade escolar. Está a tornar-se cada vez mais difícil chegar aos pais, uma vez que é cada vez maior o seu afastamento da vida escolar. Sentimos que é urgente reforçar a relação Família/Escola/Professores e dar-lhe um novo sentido. Que perspetivas têm para o futuro? Não são as melhores, quer em termos de escola quer em termos de envolvimento dos pais com a Associação e a Escola. Como veem o movimento associativo na perspetiva do agrupamento? Quais as soluções? Esperamos que seja uma mais-valia, que possamos desenvolver entre todos e trocar opiniões, conhecimento, experiências, etc., por forma a conseguirmos envolver, unindo as famílias com a comunidade escolar. Conhecem a Fap-Sintra? Qual deveria ser o seu papel e atuação? Conhecemos a FAP Sintra, temos um elemento que representa a nossa Associação sempre que há reuniões, pelo que estamos sempre representados e a par das suas atividades. Que gostariam de abordar que não tenha sido perguntado? Temos que dizer que gostámos e apoiamos a iniciativa de fomentar um contacto mais direto e presente e gostaríamos que a mesma se repetisse mais vezes. |
A Vez e Voz dos Pais – uma iniciativa da FAP-Sintra - iniciou em finais de 2013 um périplo pelo concelho e pelo Movimento Associativo de Pais cuja voz nem sempre se faz ouvir ou é conhecida pelos demais. Porque é importante conhecermo-nos para melhor nos apoiarmos mutuamente. Todos juntos, temos mais força!
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O Movimento Associativo de Pais (MAP) no concelho de Sintra é constituído por 97 Associações de Pais e Encarregados de Educação. ARQUIVO |