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Estará a escola menos alinhada com as expectativas dos alunos?

31/3/2016

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Um estudo internacional sobre a adolescência mostra que apenas 11% dos rapazes e 14% das raparigas portuguesas, de 15 anos, gostam muito da escola. “Temos de modernizar processos e arejar os corredores da administração”, afirma Margarida Gaspar de Matos, coordenadora nacional do estudo. O país tem de parar para pensar.
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Há boas e más notícias. Os jovens portugueses sentem-se apoiados pela família, são dos que mais tomam o pequeno-almoço todos os dias, os consumos de álcool andam ligeiramente abaixo da média de outros países. Mas são também dos que menos gostam da escola, que dizem sentirem-se pressionados por ela e que não se veem como bons alunos. Os dados surgem no Health Behaviour in School-Aged Children, da Organização Mundial da Saúde (OMS), estudo internacional sobre a adolescência feito de quatro em quatro anos. Na edição de 2014-2015 participaram 200 000 adolescentes europeus e do Norte da América de 42 países, de escolas com o 6.º, 8.º e 10.º anos de escolaridade. Do total, 6.000 alunos são portugueses.

Quando a pergunta é se gostam ou não da escola, Portugal surge em 33.º lugar em 42 - apenas 11% dos rapazes e 14% das raparigas de 15 anos dizem que gostam muito da escola. No estudo, cerca de 25% dos adolescentes dos 42 países afirmam que gostam bastante da escola. E só 35% das raparigas e 50% dos rapazes portugueses consideram que têm bom desempenho escolar, quando a média dos 42 países é de 60%. Margarida Gaspar de Matos, psicóloga e investigadora da Faculdade de Motricidade Humana da Universidade de Lisboa, coordenadora do estudo no nosso país, lembra que a relação dos adolescentes portugueses com a escola vem de longe, pelo menos de 1998. Mas em 2014, a situação piorou e eles respondem que deixaram de gostar da escola. “Dizem que as matérias são desinteressantes e demasiadas, referem muita pressão dos pais para as notas. E, no geral, a escola está menos alinhada com as suas expectativas de futuro”, refere ao EDUCARE.PT.

Há políticas que lhe custam a engolir, “cujo racional teórico” lhe custa a entender. O aumento de horas em algumas disciplinas é um exemplo. “É mesmo muito ingénuo pensar-se que o insucesso escolar se resolve com mais horas ‘do mesmo’. Penso que ninguém acredita nisto”, diz. A carga horária portuguesa é excessiva em comparação com a generalidade dos países europeus. “Há qualquer coisa nos métodos de ensino, na sequência das aprendizagens, na seleção dos assuntos prioritários e basilares, no sistema de avaliação, na dinâmica social e educativa das escolas, etc., que devia fazer parar o país para pensar”, defende.

A ligação à família, mais refeições em conjunto, os baixos consumos de álcool, os cuidados nas relações sexuais são boas notícias. No geral, há uma boa relação com os pais e uma boa perceção do suporte parental, tanto a nível nacional como na comparação internacional. Portugal está em 1.º lugar no jantar todos os dias com a família, com 80% das raparigas e 79% dos rapazes a responderem que o fazem. Onze por cento dos rapazes e 4% das raparigas contam que bebem álcool pelo menos uma vez por semana e 7% dos rapazes e 4% das raparigas revelam que fumaram cannabis nos últimos 30 dias – aqui o nosso país surge em 27.º lugar. Além disso, 26% dos rapazes já tiveram relações sexuais, 13% das raparigas também, 73% dos rapazes e 75% das raparigas usaram preservativo na última relação sexual, quando a média do estudo é de 65% - e aqui Portugal ocupa a 7.ª posição.

“Temos, pois, uma geração de pais de filhos adolescentes atentos e empenhados.” Os consumos têm vindo a baixar, as políticas públicas da última década focam-se no assunto. Mas é preciso estar atento para a questão das “alternativas”. “Temos um estudo recente que refere que os jovens consomem álcool para se divertir, para ‘aumentar’ competências, para enfrentar situações difíceis e para ‘seguir’ o grupo de pares”, revela a investigadora. “Uma estratégia nacional de prevenção do consumo, a médio e a longo prazo, devia encarar esses motivos e prever alternativas para cada um deles: divertimento sem consumos, promoção de competências socioemocionais e relacionais, autorregulação de estados emocionais negativos, promoção da coesão social e do suporte social.”
 
Atuação ‘mikado’ é inútil e cara
Margarida Gaspar de Matos está preocupada com alguns indicadores. A falta de gosto dos alunos pela escola, o stresse que ela provoca, o facto de não a encararem como um recurso, a falta de expectativas face a um futuro onde a escola tenha lugar, estão na sua lista. Os alunos acham as aulas desinteressantes e as matérias excessivas. Dizem que a comida da escola é muito má, numa altura em que, lembra, “aumentou o número de alunos que vão para a cama com fome por não terem comida em casa”.

A falta de satisfação com a vida também a preocupa, comparativamente com os outros adolescentes do estudo. Aqui Portugal ocupa a 36.ª posição com 83% dos rapazes e 74% das raparigas a responderem que estão bastante satisfeitos com a vida. “Escrevemos recentemente um artigo nos Arquivos da Medicina a que chamamos ‘Os adolescentes portugueses ainda estão saudáveis, mas já não estão felizes’. Temo bem que com esta insatisfação as questões associadas ao risco e à falta de saúde reapareçam no próximo estudo”, observa.
 
Perante alguns dados preocupantes, é preciso parar para pensar. Promover um debate com especialistas e populações afetadas. Fazer um diagnóstico da situação, estabelecer programas integrados com objetivos a curto, médio e longo prazos, de forma que sejam concretizados de modo pragmático e monitorizado, com avaliação permanente dos resultados. “Estas ações necessitam de condições de implementação.” “É inútil e dispendiosa uma atuação ‘Mikado’: assim, de repente, recolhe-se tudo o que foi feito e faz-se de novo uma coisa completamente diferente, sem avaliação prévia nem previsão de avaliação posterior. Assim andamos aos círculos e perdemos tempo e dinheiro.”

Como devem as escolas enquadrar estas conclusões? O que tem de mudar? “Não há soluções simples para assuntos complexos, multifacetados e, ainda por cima, ‘crónicos’”, responde. A coordenadora nacional do estudo defende que é necessário analisar escolas com boas práticas e tornar esses processos explícitos, aprender com as práticas de países onde as coisas correm bem, ouvir professores e alunos para os envolver e depois responsabilizar. “Temos de modernizar processos e arejar os corredores da administração. A morosidade dos processos e os seus meandros não ajudam. Enfim, não será fácil, mas tem de ser feito.”

A Secretaria de Estado da Juventude e do Desporto referiu, publicamente, que o desporto escolar, a promoção de hábitos de vida saudável, a educação para a cidadania e a valorização da educação não formal são assuntos prioritários. A investigadora concorda. “Eu diria que o caminho é por aí, só espero que esta declaração de intenções não seja uma ‘lista de intenções de Ano Novo’”. É preciso arregaçar as mangas e partir para a ação. “Estamos todos muito fartos de documentos muito bem feitos, cheios de intenções sensatas e cientificamente adequadas, mas que depois demoram anos a implementar, ou se implementam e duram um trimestre, ou são estrangulados pela máquina administrativa que tem uma inércia milenar, ou são reduzidos a uma ‘caricatura’ de si mesmos e concretizados nos mínimos.”

“Precisamos de modernizar e agilizar todos estes processos. Precisamos de uma cultura de investigação-ação. Precisamos de uma dinâmica construtiva. Precisamos de aceitar uma avaliação e monitorização como parte de uma construção de algo melhor.” Na sua opinião, o caminho é por aqui.

Sara R. Oliveira         -   EDUCARE.PT

«http://www.educare.pt/noticias/noticia/ver/?id=110385&langid=1»

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